Calendário de viagens 2024: para onde viajar na Argentina de acordo com o mês do ano

Um mês, um destino. Se há algo que é abundante na Argentina, são as infinitas possibilidades em todo o país e este artigo é para prová-lo: 

Janeiro

Praias e verão na Costa Atlântica 

Buenos Aires, Río Negro, Chubut, Santa Cruz e Tierra del Fuego. A costa atlântica argentina é o circuito perfeito para os fãs de ondas e do mar. De águas azul-turquesa a praias com falésias e cartões postais espetaculares. 

Mar del Plata, apelidada de La Feliz, é uma das mais escolhidas pelos argentinos. Seu nome diz tudo, é um balneário que traz alegria a cinco horas da capital Buenos Aires e a chave para uma escapada de sucesso. Las Grutas, por outro lado, juntamente com Punta Perdices e Conchillas compõem o que muitos chamam de Caribe Patagônico. Com esse nome, é impossível escapar delas durante a estação ensolarada. Todas as três estão localizadas em Río Negro e se resumem em águas transparentes, incríveis vistas panorâmicas e esportes aquáticos para todos os gostos. Chubut, por outro lado, tem a seu favor uma das praias que em 2019 entrou no ranking das melhores da América do Sul de acordo com o The Travellers Choice do TripAdvisor: praia Canteras. Estatísticas à parte, é a chave para o descanso costeiro. Santa Cruz e Tierra del Fuego não ficam muito atrás, com expoentes como Cabo Curioso e Reserva Playa Larga, respectivamente.  

Fevereiro

Carnaval no Litoral

Folia, alegria e nada mais. Durante o mês de fevereiro, o Litoral é tingido com uma energia única: o espírito do Carnaval. Festas que começam cedo e terminam com a saudação de um céu alaranjado, dançando em cada esquina, bebidas por toda parte e penas, muitas penas. Tudo, claro, num contexto de desfiles e carros alegóricos que celebram a céu aberto ao ritmo das famosas comparsas. 

A cidade de Gualeguaychú - província de Entre Ríos - é nada mais nada menos que a sede oficial do Carnaval do País e organiza o maior espetáculo teatral a céu aberto da Argentina. Outras localidades em Córdoba, Buenos Aires e o norte da Argentina também têm sua versão deste clássico nacional. Verdade seja dita, não há respostas erradas quando se trata de celebrações. 

Março

Vindima em Cuyo

Nunca é um mau momento para apreciar as paisagens e o vinho mendocino, certo? Mas a premissa de se encontrar no segundo festival de colheita mais importante do mundo segundo a National Geographic, sem dúvida, melhora a equação. Estamos a falar da Festa da Vindima ou da chave do enoturismo. Ao pé das vinhas, com música, fogo-de-artifício e espetáculos a todo o volume, é uma celebração que nasceu para agradecer à terra e aos trabalhadores do campo pelo seu trabalho. Além disso, há carruagens e desfiles que terminam com a coroação da Rainha da Vindima e sua coroa vindimal. Tudo cercado pela imensidão da Cordilheira dos Andes e entre vinhos multi-premiados.

Abril

Uma das sete maravilhas do mundo no Litoral 

Não é todo dia que você visita uma das sete maravilhas naturais do mundo e, quando o fizer, vamos avisá-lo: é ainda melhor do que você pensava. As Cataratas del Iguazú são um presente incrível da mãe natureza que confirma que verde e água são uma combinação imbatível. 275 saltos de água reafirmam a premissa e compõem o Parque Nacional Iguazú. A estrelinha do lugar? A Garganta del Diablo (garganta do diabo), com 82 metros de altura, declarando que não há nada como a força da água. Agora, por que abril? Os meses mais chuvosos e quentes são evitados. Da mesma forma, a temporada continua até junho e até agosto.

Maio

As cores do Norte argentino

Excursões ao ar livre, paisagens extraterrestres e cores infinitas. O Norte argentino é a melhor definição de arco-íris natural. A tela? As encostas. Seu pintor? A passagem do tempo. E a essa natureza única e irrepetível, a isso são somados os artesãos e seus artesanatos dos tons mais vibrantes. Prova disso é a Quebrada de Humahuaca em Jujuy.  

As Salinas Grandes, em Salta e Jujuy, longe de serem multicoloridas, são expoentes da pureza do branco. É apenas a quarta maior salina da América do Sul, o que, com 525 quilômetros quadrados, faz com que qualquer um que pise neae se apaixone. Suas vistas panorâmicas formam espelhos d'água que refletem a cor da bandeira nacional e dão origem às fotografias mais criativas e divertidas.

Junho

As serras cordobesas no outono

Não há uma única vez em que Córdoba não faz os turistas se apaixonarem pelas serras que decoram a paisagem. Mas o outono - sem dúvida - tem um encanto muito particular. São suas cores e o clima, que naquela época do ano não conhece extremos de frio ou calor. 

Agora, o que visitar? O Valle de Calamuchita é um ponto-chave e tem locais para todos os gostos. Por exemplo, Santa Rosa de Calamuchita é a cidade mais habitada da região; La Cumbrecita é a única vila de pedestres na Argentina e uma das mais populares nas serranias; O Cerro Champaquí está a 2790 metros acima do nível do mar e é o ponto mais alto da província. De qualquer forma, a natureza invade os planos entre caminhadas, riachos e espetaculares cartões-postais. 

Julho

Centros de Esqui na Patagônia

Como você deve passar o inverno? Cerque-se da Cordilheira dos Andes e nada pode dar errado. Os preços são super acessíveis e de junho a outubro, a estação da cor branca sobre as montanhas oferece momentos únicos e aventureiros. As possibilidades são infinitas quando se trata da Patagônia (e para todos os níveis de expertise, é claro). O melhor? Preços que - aproximadamente - custam metade do que custa o esqui no resto do mundo.

O Cerro Chapelco, em San Martín de los Andes, foi premiado pelo World Ski Awards por quatro anos consecutivos. O Cerro Catedral, em Bariloche, é o maior centro de esqui da América do Sul. Em Neuquén você pode explorar o sabor da montanha no sopé de um vulcão, o Caviahue. Esquiar no Fim do Mundo também é possível, mais precisamente no Cerro Castor. E em Mendoza - a capital do vinho - há Las Leñas, a chave para os fãs de esportes radicais por seu excelente fora de pista.

Agosto 

Dia da Pachamama no Norte Argentino

As maravilhosas cores do Norte Argentino ganham uma tonalidade ainda melhor quando a celebração bate à sua porta. Neste caso, o dia 1º de agosto é um momento de celebrar a Mãe Natureza. Pacha - de acordo com as línguas nativas da região - significa terra, mundo, tempo, universo. Mãe, eu nem preciso explicar. Combinados, eles formam a Mãe Terra. 

Agora, como é celebrado? Depende da província. Em Salta, por exemplo, abundam ritos praticados desde os tempos incas. Buscam comemorar a criação natural e a importância de cuidar dela. É por isso que, após a cerimônia de celebração, alguns incensos leves são usados para atrair prosperidade e afugentar possíveis males. Outros, dependendo do lugar que querem homenagear, cavam um poço e enterram suas oferendas (folhas de coca, grãos de milho, erva, álcool ou vinho, frutas secas, etc.). Em Jujuy eles também fazem isso, organizam um ritual de gratidão e depois de enterrar suas oferendas, dão as mãos como irmãos ao redor do buraco e dançam ao ritmo das melodias jujenhas.

Setembro

Observação da Vida Selvagem Marinha na Patagônia

Pinguins, elefantes-marinhos e a estrela da casa: a Baleia Franca Austral. O espetáculo é tamanho que reúne pessoas de todo o mundo. E embora a temporada vá de maio a dezembro, setembro é quando a maioria dos espécimes se aproxima das costas. 

Onde você pode desbloquear a experiência? Na província de Chubut, entre águas azul-turquesa e falésias. Tentador, né? Especificamente de Puerto Madryn que funciona como um acesso para chegar à Península de Valdés, um acidente costeiro surpreendente que se tornou um ponto chave para contemplar a majestade dos cetáceos. Aliás, foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. 

O espetáculo pode ser visto em embarcações que partem de Puerto Pirámides de barco, lancha, barco de borracha e até submarinos. Uma aventura com todas as letras. E para aqueles que preferem estar em terra firme, El Doradillo é uma praia isolada e tranquila, onde você pode testemunhar esses cartões postais únicos com mate na mão.

Outubro

Tulipas na Patagônia

Na província de Chubut, mais precisamente na cidade de Trevelin, existe o aclamado Campo de Tulipas da família Ledesma. Um universo de texturas e tons que hipnotiza qualquer privilegiado que possa contar como as montanhas da Patagônia e as flores são a combinação perfeita. 

Todos os anos, de 1º de outubro a 6 de novembro, botões de tulipa surgem para dar um show único. Quase como um tapete, espreitam no sopé do Cerro Gorsedd e Cwmwl. O melhor? Além de estar na Patagônia, é claro, você pode coroar a visita dos mil cartões postais na confeitaria do lugar e se deliciar com iguarias galesas.

Novembro

A cor violeta dos Jacarandás em Buenos Aires 

Buenos Aires combinada com a violeta dos jacarandás, uma receita de sucesso estrondoso. Mais flores? Sim, mas desta vez as montanhas desaparecem e o cimento de Buenos Aires faz sua entrada triunfal. Quando a Mãe Natureza se cruza com a cidade, nada pode dar errado, ainda mais se for no meio do verão. 

Em Palermo, Belgrano e Recoleta, o calor saúda o florescimento de um símbolo da história e da cultura do país, uma árvore nativa do Norte que chegou à cidade no final do século XIX para enfeitar as ruas e avenidas portenhas. Tons lilás, azul celeste e até azul vestem alguns dos lugares mais icônicos da capital. Uma imagem imperdível? A famosa Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires cercada por um violáceo perfeito. 

Fato: desde 2015 o jacarandá foi declarado como árvore distintiva da Cidade. O título diz tudo, para colocá-lo à prova, você terá que visitá-lo.

Dezembro

Lagos, roadtrips e uma geleira gigante na Patagônia

Com 5 quilômetros de comprimento e 60 metros de altura, um manto de gelo milenar que atrai turistas de todo o mundo com seus desprendimentos hipnóticos. Onde fica? Nada menos que no já declarado Patrimônio da Humanidade, o Parque Nacional Los Glaciares. A estrelinha de que estamos falando é o famoso Glaciar Perito Moreno e o momento chave para admirá-lo é de dezembro a março, para garantir o desfrute de temperaturas mais amenas. 

Agora, por incrível que pareça, não é a única estatueta dourada do verão patagônico. A Rota dos Sete Lagos, por exemplo, é um assunto pendente imperdível para viajantes que gostam de viajar sobre duas rodas e contemplar as maravilhosas vistas panorâmicas de lagos entre montanhas.