Os 3 "o quê" de Bariloche no verão: o que fazer, o que comer e o que levar.

ESTE ARTIGO RESPONDE TODAS AS DÚVIDAS PRINCIPAIS PARA ORGANIZAR UMA VIAGEM PERFEITA A UM DOS DESTINOS ARGENTINOS MAIS ESCOLHIDOS NOS TEMPOS QUENTES. O QUE PRECISA SER CONSIDERADO PARA DESFRUTAR AO MÁXIMO DE UMA AVENTURA DE VERÃO EM BARILOCHE?

O que fazer, o que comer, o que levar. Três perguntas-chave que compõem o ABC de qualquer boa viagem. Quando se têm respostas completas, detalhes valiosos e joias secretas, pode-se entregar completamente ao desfrute de cada microexperiência dentro da grande aventura. Bariloche tem outro lado além de suas montanhas cobertas de branco e dos esportes de montanha. No verão, ela se tingi de turquesa, brilha à luz de um sol pleno, é inquieta e ativa, mas ao mesmo tempo pausada e contemplativa, de um paladar requintado e exigente, irradiando prazer e uma beleza estonteante. Deixa todos que a visitam de boca aberta.

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O que fazer?


Os lagos são as estrelas incontestáveis do verão barilochense. Para onde quer que olhe, há turquesas de todas as tonalidades e, combinadas com as montanhas ao fundo e as florestas, proporcionam a todo momento a postal perfeita. Esportes aquáticos, caminhadas, praias, florestas magníficas, rotas de bicicleta e até refúgios na montanha, quais são as experiências que não podem faltar em um verão em Bariloche?



Explorar o Circuito Chico e admirar os tons de turquesa


Quase todos que visitam Bariloche percorrem pelo menos parte do Circuito Chico, o principal atrativo da cidade durante o verão. Com 60 quilômetros de extensão e um formato circular que começa e termina na cidade de Bariloche, oferece uma grande variedade de atividades e experiências; desde praias onde se pode relaxar (e, se estiver muito calor, nadar no lago) até Colonia Suiza, um dos povoados mais pitorescos. No meio do caminho, mirantes, paisagens alucinantes, pontes, barracas de comida e de artesãos. Por ser completamente asfaltado, pode ser percorrido de carro ou os mais aventureiros podem fazê-lo de bicicleta.

Contemplar as vistas panorâmicas do Cerro Campanario


A National Geographic incluiu as vistas do Cerro Campanario entre as sete melhores do mundo. De lá de cima, com pouco mais de mil metros de altura, aprecia-se uma vista de 360 graus de toda a região; desde os lagos Nahuel Huapi e Moreno até a ilha Victoria, o hotel Llao Llao e várias montanhas. As tonalidades de azul combinadas com os verdes e marrons das árvores hipnotizam e encantam todos os visitantes que sobem, tanto de teleférico ou através de uma caminhada curta, para se imergir na imensidão da natureza.

Visitar o Parque Nacional Los Arrayanes


Criado em 1971 como uma área protegida separada do Parque Nacional Nahuel Huapi, esta floresta de cor canela abriga arrayanes com mais de 650 anos de idade e é a única floresta de arrayanes transitável do mundo. Através de sua passarela ligeiramente elevada - para proteger as raízes das árvores que têm um crescimento muito lento - entra-se em uma paisagem de sonho, com o sol filtrando entre as folhas e um baile de luzes que dão ao ambiente um caráter onírico. Dizem que Walt Disney se inspirou nele para seu filme Bambi. A melhor forma de chegar lá é através de uma embarcação que parte de Puerto Pañuelo e oferece vistas únicas da água.

Aventurar-se no rafting pelo rio Manso


Em 2012, Bariloche foi declarada Capital Nacional do Turismo de Aventura e entre as atividades que honram essa distinção, encontramos a adrenalina do rafting. Descendo por águas cristalinas em balsas infláveis em grupo, atravessam-se rápidos emocionantes rodeados por paisagens patagônicas. Os rios Manso e Limay são os mais famosos por suas atividades aquáticas, às quais se somam também outras como travessias em caiaque e stand up paddle. Há para todos os gostos, desde atividades iniciais e tranquilas até outras de maior intensidade para aqueles que buscam muita ação.

Tomar uma cerveja artesanal com vistas para o lago


Bariloche é um dos destinos cervejeiros por excelência no país, com uma grande quantidade de fábricas e cervejarias artesanais que abrem constantemente em diferentes pontos da cidade. Tanto no centro quanto em lugares mais recônditos, a cerveja à tarde é um plano garantido. Nem se fala se for desfrutada com uma tábua de frios caseira e uma vista privilegiada de um dos lagos.

Recarregar energias em uma praia à beira do lago


As diferentes praias montadas às margens dos lagos em Bariloche tornaram-se um atrativo que só é apreciado ao máximo nos períodos de calor. A maioria está ao redor dos dois lagos mais famosos da região - o Nahuel Huapi e o Gutiérrez - o segundo com águas um pouco mais quentes que o primeiro, o que o torna o preferido para um mergulho e se refrescar. Há praias de todos os estilos; com pedras ou com areia fina, ideais para esportes aquáticos, ideais para crianças, cercadas por florestas, com cais ou mais escondidas. Mas o que todas têm em comum é esse turquesa cristalino e o ar puro da montanha.

Subir a uma montanha e passar a noite sob as estrelas


Um dos planos favoritos dos aventureiros é se encaminhar para uma caminhada morro acima pelas encostas de uma das montanhas. Sobe-se em um ritmo tranquilo por algumas horas, embriagando-se com vistas únicas e respirando um ar cada vez mais puro. Os refúgios de montanha são ideais para tomar uma cerveja e comer algo antes de começar a descida - se estiverem procurando por um plano de um único dia - ou também servem como alojamento para passar a noite ao relento sob o céu mais estrelado já visto.

Passear pelo Parque Llao Llao e admirar o hotel


O hotel Llao Llao de cinco estrelas é o mais exclusivo de toda a Patagônia. Sua localização no meio do verde e das montanhas, e a passos do lago, o tornam um espetáculo digno de ser visto. Mas, ao mesmo tempo, quem se aproximar percorrendo o pitoresco caminho, pode visitar um de seus quatro restaurantes, para deleitar o paladar com gastronomia patagônica ou desfrutar de um clássico chá com as melhores paisagens através da janela.

O que comer em Bariloche?

 

A gastronomia patagônica é uma das mais destacadas de toda a Argentina. A abundante natureza que caracteriza Bariloche e a frescura de seus lagos, conferem à cidade uma riqueza de ingredientes autóctones de uma qualidade excepcional. Por sua vez, as técnicas culinárias foram se aperfeiçoando e hoje abrem cada vez mais restaurantes que surpreendem tanto os locais quanto os turistas com a elaboração de pratos autorais e de grande sabor.

 

Cordeiro patagônico


Seja em assados, guisados, defumado, na cruz ou como recheio em empanadas ou massas: a carne de cordeiro é uma das mais representativas da região. Não só é aclamada pelo seu sabor, mas também pelos seus benefícios do ponto de vista nutricional; já que são alimentados com pastagens orgânicas e sua carne é magra, baixa em colesterol e possui antioxidantes.

 

Truta


Se há um produto estrela na cozinha barilochense, esse é a truta. Esta espécie abunda nos lagos e rios patagônicos e nos criadouros feitos sobre águas naturais para garantir sua continuidade. Pode ser consumida fresca ou defumada; na grelha, na manteiga ou até mesmo como recheio de empanadas, massas ou tortas.

 

Defumados


A técnica do defumado, inicialmente, tinha como objetivo preservar alimentos quando não havia refrigeração. Hoje, é utilizada para dar um sabor único às carnes, queijos e embutidos, graças à fumaça produzida pelas madeiras de suas árvores nativas. Cordeiro, javali, veado, truta, salmão, salame e queijo; são ideais para montar uma grande tábua de frios e acompanhá-la de um vinho ou cerveja artesanal.

 

Cogumelos de pinho


Autóctones das florestas de pinho, são colhidos no outono e são secos e embalados pelos próprios chefs de restaurantes para preservar ao máximo seu sabor e qualidade. Intensos e protagonistas, são usados para preparar molhos ou recheios, dando aos pratos um toque de seu sabor distintivo.

 

Chocolate


Bariloche foi nomeada a Capital Nacional do Chocolate e é sede de sua Festa Nacional durante os dias da Semana Santa, onde elaboram a maior barra de chocolate do mundo. A qualidade do produto, sua cremosidade e os diferentes formatos e recheios que as chocolaterias da região conseguiram fazem com que seja quase obrigatório levar uma caixa de souvenir.

 

Curanto


Um prato ancestral da herança araucana da região. Tem um processo de preparação lendário: cava-se um buraco de 15 centímetros na terra onde são distribuídas pedras quentes, sobre elas um leito de folhas de maqui ou nalca e, por cima, vão as carnes e vegetais. Depois, cobre-se tudo com uma camada de terra que faz como um forno a pressão e os fumos e vapores anunciam o final do cozimento. É uma comida que se prepara em circunstâncias e momentos especiais.

 

Frutos vermelhos


Ao pé da Cordilheira dos Andes, de Bariloche até Epuyén, encontram-se frutos vermelhos de altíssima qualidade. São colhidos no verão e muitas vezes são usados para fazer geleias caseiras que se destacam em todo o país, até mesmo internacionalmente. Encontramos framboesas, morangos, amoras, mirtilos, cassis, rosa mosqueta, cerejas e guindas, entre várias outras.

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O que levar para Bariloche?

 

Bariloche no verão combina temperaturas de até 25 graus ou mais durante o dia, com noites frescas, que podem não chegar aos 10. É por isso que na mala deve viajar roupas leves e frescas junto com agasalhos; moletons, jaqueta e calça. Para a praia não podem faltar o traje de banho, protetor solar, um boné, uma lona, sandálias e uma garrafa térmica para ter água gelada sempre à mão. Nunca é demais levar uma toalha e roupas de troca em uma mochila.

 

Se o plano é se aventurar em uma caminhada ou rafting, o calçado confortável é indispensável. Tanto que, se não for adequado, pode arruinar a experiência. O mesmo vale para a roupa, por isso a indumentária esportiva é uma ótima opção para aqueles que se aventuram em caminhadas de todos os níveis. Por precaução, um par de meias de reserva sempre é útil, assim como vaselina para evitar bolhas que impeçam de continuar em frente. O repelente de mosquitos é outro item essencial na checklist.